sexta-feira, 11 de maio de 2012

Doutrina (Ensinamento ou Instrução ) de quarta feira dia 09/05/2012


A MENSAGEM DE JESUS À IGREJA DE PÉRGAMO (AP 212-17)

O perigo que estava assaltando a igreja de Pérgamo era a linha divisória entre a verdade e a heresia. O ponto da discórdia na igreja não era entre o bem e o mal, e sim entre a verdade e o erro. Como a igreja pode permanecer na verdade sem se misturar com as heresias e com o mundanismo? Como uma igreja que é capaz de enfrentar o martírio pode permanecer fiel diante da tática da sedução?
A palavra pérgamo significa casado. A igreja precisa lembrar-se que ela está comprometida com Cristo, é a noiva de Cristo e precisa se apresentar como unia esposa santa, pura e incontaminada. No livro de Apocalipse, o sistema do mundo que está entrando na igreja é definido como a grande Babilônia, a mãe das meretrizes, enquanto a igreja é definida como a noiva de Cristo.
O ponto central dessa carta é alertar a igreja sobre o risco da perigosa mistura do povo de Deus com o engano doutrinário e com a imoralidade do mundo.
CRISTO SONDA A IGREJA E REVELA OS PERIGOS QUE A CERCAM
Em primeiro lugar, Cristo vê uma igreja instalada no meio do acampamento de Satanás (Ap 2.13). Pérgamo era uma cidade com um passado glorioso. Historicamente, era a mais importante cidade da Asia.  Começou a destacar-se depois da morte de Alexandre, o grande, em 333 a.C. Foi capital da Ásia por quase quatrocentos anos
Em segundo lugar, Pérgamo, também, era um importante centro cultural. Como centro cultural sobrepujava Éfeso e Esmirna. Era famosa por sua biblioteca que possuía 200.000 pergaminhos. Era a segunda maior biblioteca do mundo, só superada pela de Alexandria. Pergaminho deriva-se de Pérgamo. O papiro do Egito era o material usado para escrever. No século III a.C., Eumenes, rei de Pérgamo, resolveu transformar a biblioteca de Pérgamo na maior do mundo. Convenceu a Aristófanes de Bizâncio, bibliotecário de Alexandria, a vir para Pérgamo. Ptolomeu, rei do Egito, revoltado, embargou o envio de papiro para Pérgamo. Então, inventaram o pergaminho, de couro alisado, que veio superar o papiro. Pérgamo gloriava-se de seus conhecimentos e cultura.
Em terceiro lugar, Pérgamo, ainda, era um destacado centro do paganismo religioso. Em Pérgamo, havia um grande panteão e altares para vários deuses. No topo da Acrópole, ficava o famoso templo dedicado a Zeus, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Todos os dias se levantava a fumaça dos sacrifícios prestados a Zeus.
Outro dado relevante é que, em Pérgamo, havia o culto a Esculápio. Ele era o “deus salvador”, o deus serpente das curas. Seu colégio de sacerdotes médicos era famoso. Naquela época, mantinha duzentos santuários no mundo inteiro. A sede era em Pérgamo. Ali estava a sede de uma famosa escola de medicina. Para essa cidade, peregrinavam e convergiam pessoas doentes do mundo inteiro em busca de saúde.  As curas, muitas vezes, eram atribuídas ao poder do deus serpente, Esculápio. O emblema de Esculápio era uma serpente, e, ainda hoje, a serpente decora os emblemas da medicina. A antiga serpente assassina, apresenta-se agora como sedutora.
Em quarto lugar; em Pérgamo, também, estava o centro asiático do culto ao imperador. O culto ao imperador era o elemento unificador para a diversidade cultural e política do império. No ano 29 a.C., foi construído em Pérgamo o primeiro templo a um imperador vivo, o imperador Augusto. O anticristo era mais evidente em Pérgamo do que o próprio Cristo. O imperador encarnava o espírito da deusa Roma. Por isso, se divinizou a pessoa do imperador e começou a se levantar templos ao imperador. Uma vez por ano, os súditos deviam ir ao templo de César e queimar incenso dizendo: “César é o Senhor”.
Finalmente, em Pérgamo estava o trono de Satanás. Ele não apenas habitava na cidade, mas lá estava seu trono. O trono de Satanás não estava em um edifício, como hoje sugerem os defensores do movimento da Batalha Espiritual, mas no sistema da cidade.
Onde Satanás reina predomina a cegueira espiritual, floresce o misticismo, propaga-se o paganismo, a mentira religiosa, bem como a perseguição e a sedução ao povo de Deus.
CRISTO VÊ UMA IGREJA CAPAZ DE ENFRENTAR A MORTE POR SUA CAUSA
Cristo conhece também a lealdade que a igreja lhe dedica. A despeito do poder do culto pagão a Zeus, a Esculápio e ao imperador os crentes da igreja de Pérgamo só professavam o nome de Jesus.  A perseguição religiosa não os intimidou.
A igreja suportou provas extremas. Antipas, pastor da igreja de Pérgamo, segundo Tertuliano, foi colocado dentro de um boi de bronze, e este foi levado ao fogo até ficar vermelho, morrendo o servo de Deus sufocado e queimado.” Ele resistiu à apostasia até a morte.
Cristo vê uma igreja que começa a negociar a verdade
Como Satanás, ao usar a perseguição, não logrou êxito contra a igreja, mudou sua tática e usou a sedução. A proposta agora não é substituição, mas mistura. Não é apostasia aberta, mas ecumenismo.
Na igreja, havia crentes que permaneciam fiéis, enquanto outros estavam se desviando da verdade.
Cristo vê uma igreja que começa a ceder às pressões do mundo
Balaque contratou Balaão para amaldiçoar a Israel. Balaão aconselhou Balaque a enfrentar Israel não com um grande exército, mas com pequenas donzelas sedutoras... e eles se tornariam fracos e vulneráveis.
O pecado enfraquece a igreja. A igreja só é forte quando é santa. Sempre que a igreja se mistura com o mundo e adota seu estilo de vida, ela perde seu poder e sua influência.
O grande problema da igreja de Pérgamo é que, enquanto uns sustentavam a doutrina de Balaão, os demais membros da igreja se calaram em um silêncio estranho.
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Cristo vê uma igreja que começa a baixar seu padrão moral
Eles ensinavam que a liberdade de Cristo é a liberdade para o pecado. Diziam: “Não estamos mais debaixo da tutela da lei. Estamos livres para viver sem freios, sem imposições, sem regras”. Esse simulacro da verdade era para transformar a graça em licença para a imoralidade, a liberdade em libertinagem.
Os nicolaítas ensinavam que o crente não precisa ser diferente. Quanto mais ele pecar maior será a graça, diziam. Eles defendiam que os crentes precisam ser iguais aos pagãos. O que era odiado em Éfeso era tolerado em Pérgamo.

CRISTO DIAGNOSTICA A IGREJA E IDENTIFICA A FONTE DO PECADO
Em primeiro lugar, Jesus diz que a fonte do pecado é o diabo (Ap 2.13). A igreja de Pérgamo vivia e testemunhava em uma cidade onde Satanás habitava e onde estava seu trono. Satanás não somente habitou em Pérgamo, ele também a governou.
Nós precisamos apagar de nossa mente a caricatura medieval de Satanás, despojando-o dos chifres, dos cascos e do rabo. A Bíblia diz que ele é um ser espiritual inteligente, poderoso e inescrupuloso.
Em segundo lugar, Jesus diz que Pérgamo é um lugar sombrio. A cidade estava mergulhada na confusão mental da heresia. O reino de Satanás é onde as trevas reinam. Ele é o príncipe deste mundo de trevas. Ele odeia a luz. Ele é mentiroso e enganador. Ele cega o entendimento dos descrentes. Ele instiga os homens a pecar e os induz ao erro.
CRISTO SONDA A IGREJA E JULGA OS QUE SE RENDEM AO PECADO
Em primeiro lugar; Jesus exorta os faltosos ao arrependimento (Ap 2.16). A igreja precisava expurgar aquele pecado de tolerância com o erro doutrinário e com a libertinagem moral.
A igreja precisa arrepender-se de sua tolerância com o erro. Embora apenas alguns membros da igreja se desviaram, os outros devem se arrepender porque foram tolerantes com o pecado.
Em segundo lugar, Jesus sentencia os impenitentes com o juízo. A falta de arrependimento desemboca no juízo. Jesus virá em juízo condenatório contra todos aqueles que permanecem impenitentes e contra aqueles que se desviam da verdade.
A mensagem da verdade se tornará a mensagem do julgamento. Deus nos fará responsáveis por nossa atitude em face da verdade que conhecemos. Jesus diz que sua própria palavra é que condenará o ímpio no dia do juízo (Jo 12.47,48).
CRISTO SONDA A IGREJA E PREMIA OS VENCEDORES
Em primeiro lugar, Jesus diz que os vencedores comerão do maná escondido (Ap 2.17). No deserto, Deus mandou o maná (Êx 16.11-15). Quando cessou o maná, um vaso com maná foi guardado na Arca e depois no templo (Êx 16.33,34; Hb 9.4). Com a destruição do templo, conta uma lenda que Jeremias escondeu o vaso com maná em uma fenda do Monte  Sinai.

Em segundo lugar Jesus diz que os vencedores receberão uma pedrinha branca (Ap 2.17). Essa pedrinha branca pode ter pelo menos dois significados: Primeiro, era uma espécie de “entrada” para um banquete. Era considerada um bilhete para admissão à festa messiânica. Segundo, era usada nos tribunais para veredicto dos jurados. A sentença de absolvição correspondia a uma maioria de pedras brancas; e a de condenação a uma maioria de pedras pretas. O cristão é declarado justo, inocente, sem culpa diante do Trono de Deus.
Quem deixa as festas do mundo vai ter uma festa verdadeira onde a alegria vai durar para sempre.

Que Deus nos ajude e nos abençoe.

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