quarta-feira, 23 de maio de 2012

Doutrina / Ensinamento... Todas as quartas no Ad Doze Anos



HABACUQUE.
O povo que conhece a Deus é forte, O conhecimento de Deus e das Suas obras é o maior antídoto contra o desespero. Quando nos voltamos para as Escrituras, descobrimos que as rédeas da História não estão nas mãos das grandes e poderosas nações, mas nas mãos dAquele que está assentado sobre um alto e sublime trono.
Em primeiro lugar, quando tudo parece perdido, com Deus ainda não está perdido. Qualquer analista político que olhasse a situação vivenciada por Habacuque, lavraria uma sentença de morte ao pequeno reino de Judá. A Babilônia era a dona do mundo...
·         Jerusalém seria esmagada impiedosamente...
·         Mas o forte se torna fraco, e o fraco é revestido de força. A Babilônia caiu, e Judá foi restaurado...
·         O plano de Deus prevalece ainda que toda a terra se levante contra Ele...
Em segundo lugar, quando chegamos no final dos nossos recursos, os recursos de Deus ainda estão disponíveis.
·         A crise é um tempo de oportunidade...
·         Quando os recursos da terra acabam, os celeiros do céu continuam abarrotados...
·         Quando a força do braço humano entra em colapso, o braço onipotente de Deus sai em defesa do Seu povo...
Em terceiro lugar, quando a crise nos encurrala, precisamos olhar para o alto. Quando Habacuque subiu à torre de vigia ele ouviu Deus e falou com Deus...
·         A Palavra de Deus lhe trouxe consolo e direção, e a oração lhe encheu a alma de esperança e alegria...
·         Continuemos  olhando para o alto, aí sim encontraremos vitória.
·         O texto em apreço, Habacuque 3.1-19, nos enseja quatro grandes lições, que passamos a considerar:
A Palavra e a oração nos colocam no caminho da restauração (3.1,2)
A Palavra de Deus e a oração são os dois grandes instrumentos que nos levam à vitória. Ouvir Deus por meio da Palavra e falar com Deus por meio da oração são a receita para uma vida vitoriosa.
a) Ouvir a Palavra de Deus é a única maneira de enfrentarmos vitoriosamente a crise (3.2). O profeta Habacuque ouviu Deus falando.. que disciplinaria Judá...E que vai julgar a Babilônia e derramar sobre os pecadores impenitentes cinco ais de juízo.  
 A Palavra de Deus trouxe impacto ao coração de Habacuque...
Ele ficou alarmado ao perceber que o Deus santo e soberano não deixaria de julgar o pecado, seja na vida do seu povo, seja na vida daqueles que se prostram diante dos ídolos...
b) Ouvir a Palavra de Deus deve nos levar à oração fervorosa (3.2). Palavra e oração precisam andar de mãos dadas. Não podemos separar aquilo que Deus uniu. Habacuque ouve e Habacuque ora.
c) A oração que honra ao Senhor deve caminhar da humilhação do homem para a exaltação de Deus (3.2). O profeta começou a orar ao Senhor, e não discutir com o Senhor, e sua oração logo se transformou em louvor e adoração.
 O profeta Habacuque nesta oração usa três elementos indispensáveis:
 a humilhação (3.2). Habacuque não ousa mais questionar Deus acerca do Seu silêncio, da Sua inação e dos Seus métodos.
A revelação de Deus nos leva ao pó da humilhação.
·         Quando Moisés contemplou o Senhor na sarça ardente...
·         Quando Isaías viu o Senhor assentado num alto e sublime trono, disse: “Ai de mim, estou perdido”.
·         Quando João viu o Cristo ressurreto na ilha de Patmos, caiu aos Seus pés como morto.
a adoração (3.2). Habacuque ficou alarmado não com as dolorosas circunstâncias que estavam ao seu redor, mas com a grandeza da revelação divina que acabara de ouvir. Humilhemo-nos com reverência e O adoremos.
 a petição (3.2). A petição de Habacuque não é por livramento. Ele tira seu foco do homem e o coloca em Deus... Seu grande apelo era que Deus avivasse sua obra no decorrer dos anos.
O clamor pelo avivamento nos leva de volta ao favor do Senhor (3.1,2)
Avivamento é um dos temas mais falados e mais distorcidos na igreja evangélica da atualidade...
 Muitos confundem avivamento com dons espirituais, com estilo litúrgico ou com a presença de sinais e milagres...
O avivamento verdadeiro vem do céu. E de Deus. E obra soberana do Espírito Santo. O avivamento sempre está centrado na Palavra de Deus.
 Vamos destacar alguns pontos desse clamor de Habacuque:
a) O tempo em que a igreja deve buscar o avivamento (3.2). Habacuque pede que Deus avive sua obra no decorrer dos anos. Ele não pensa apenas nele e na sua geração.
b) A base em que a igreja deve buscar o avivamento (3.2). Habacuque pede o avivamento a Deus não confiante na justiça própria ou confiado nos merecimentos do povo de Judá. Ao contrário, ele diz: “[...] na tua ira, lembra-te da misericórdia” (3.2). Ele sabe que é das entranhas da misericórdia divina que fluem os rios caudalosos do avivamento.
c) O autor do avivamento que a igreja deve buscar (3.2). O avivamento é obra de Deus, e não do homem. Ele não é promovido pela igreja; é concedido pelo Espírito Santo.
d) A urgente necessidade que a igreja tem do avivamento (3.2). O profeta Habacuque pede avivamento, e não ausência de sofrimento. Ele quer Deus, mais do que as bênçãos de Deus
 Destacamos quatro pontos importantes sobre o avivamento:
 a necessidade imperativa do avivamento. Vivemos hoje a crise das polarizações.
 Há igrejas que têm doutrina, mas não crescem; há igrejas que crescem, mas não têm doutrina nem ética.
 Uns têm caráter, mas não têm carisma; outros têm carisma, mas não têm caráter. Os que sabem não fazem; os que fazem não sabem.  
a confusão sobre o avivamento. Muitos confundem avivamento com emocionalismo e propagandas de milagres.
Outros confundem avivamento com ajuntamento.
 o conteúdo do avivamento, O avivamento é marcado por oração abundante. Assim como a chuva cai sobre a terra seca, as torrentes do Espírito vêm apenas sobre os sedentos (Is 44.3). Não há derramamento do Espírito sem que a igreja tenha sede de Deus. Hoje, a igreja está substituindo o Deus das bênçãos pelas bênçãos de Deus.
Hoje, a igreja tem ricos templos, mas não a glória de Deus em seus santuários. Tem crentes influentes na sociedade, mas não pessoas influentes no céu. Tem influência política, mas não poder espiritual. Tem poder econômico, mas não autoridade espiritual.
o resultado do avivamento. Quando o avivamento chega, a igreja se torna ousada para pregar a Palavra. Cada crente se torna um embaixador, um ministro da reconciliação. Quando o avivamento vem, a igreja cresce em graça, em conhecimento e em número.
A visão dos gloriosos feitos de Deus no passado ajuda-nos a enfrentar o presente (3.3-15)
O profeta Habacuque busca no passado as raízes para firmar sua confiança no presente. Habacuque quer dizer neste cântico que Deus é ainda o mesmo.
 Com seu canto, o profeta quer animar e consolar os fiéis de Judá.
 Os crentes devem esperar e confiar no Senhor.
Destacamos alguns pontos importantes nessa viagem do profeta para descobrir a grandeza de Deus e das Suas obras.
a) A glória de Deus manifestada (3.3-5). Habacuque, em forma de canto, narra os gloriosos feitos de Deus na história de Israel. Consideremo-los a seguir:
o esplendor da Sua glória no deserto (3.3 Habacuque deseja caracterizar bem Iavé como o libertador do Seu povo. Quem se levanta para julgar é o Libertador de Israel
 a glória da Sua santidade (3.3). O Deus que refulge em glória é o Santo. Ele não se deleita no mal. Não tolera o mal. Julga o mal.
 a glória da Sua refulgente luz (3.4). A manifestação de Deus é cheia de luz. Deus é luz. Sua presença é mais reflilgente que todos os astros reunidos
b) O poder de Deus demonstrado (3.6,7). Dois pontos são destacados pelo profeta Habacuque:
 o poder que faz estremecer a natureza (3.6). Quando Deus se manifesta, até a terra treme. Quando Ele se revela, os montes se derretem. Quando Sua máo se estende, até o mar cessa o seu bramido.
c) As carruagens da salvação saem em cavalgada (3.8- 11). Habacuque olha para Deus como o condutor de uma carruagem celestial que sai numa cavalgada vitoriosa.
d) A marcha triunfante de Deus pelos caminhos da História (3.12-15). Nos versículos 12 a 15, o cenário é a História. O profeta Habacuque começa, então, a analisar o propósito desse guerreiro que vem montado em suas carruagens de vitória.
Ele vem para libertar o Seu povo (3.13a). A Igreja de Deus é indestrutível. Nenhuma força na terra pode acabar com a Igreja de Cristo. O Senhor é o seu defensor.
Ele vem para trazer juízo sobre os ímpios (3.12-15). Esse guerreiro celestial está irado. O cálice da sua ira está cheio, e Ele sai para pisar as nações na Sua indignação.
Ele vem para demonstrar o Seu poder (3.15). A carruagem de Deus marcha sobre o mar e caminha pela massa de grandes águas. Ele faz o impossível. Ele pode o impossível.
A canção de triunfo no meio da dor é um testemunho vibrante da nossa fé (3.16-1 9)
O hino foi concluído com a mais absoluta afirmação de fé. O profeta confiava cabalmente na soberania do Senhor, a ponto de aceitar quaisquer circunstâncias como sendo dentro da boa e perfeita vontade de Deus para ele.
O profeta Habacuque nos conduz a quatro verdades sublimes:
a) Uma manifestação gloriosa (3.16). Quando o profeta ouve o relato dos feitos de Deus e tem uma visão da glória de Deus, ele fica não só alarmado, mas também pálido, trêmulo e sem nenhum vigor.
b) Uma confiança inabalável (3.17,18). O povo dejudá dependia da agricultura para sobreviver. Os recursos financeiros vinham das lavouras e dos rebanhos.
Mas o profeta diz: “Ainda que a figueira não floresça... A confiança do profeta náo estava na provisáo, mas no Provedor. Os recursos da terra podem falhar, mas Deus jamais falhará.
c) Uma alegria ultracircunstancial (3.18). A alegria do profeta não é determinada pela presença de coisas boas nem pela ausência de coisas trágicas. Sua alegria está centrada na pessoa de Deus.
d) Um sustentáculo suficiente (3.19). A alegria do profeta não é um sentimento romântico e infundado. Habacuque, que começa deprimido e em dúvida quanto à retidão e à justiça de Deus, termina com alegre confiança na provisão e no poder sustentador de Deus. Ele confiará em Deus, embora falhem todas as bênçãos. Que advertência para os tempos em que vivemos!
O próprio Deus oferece ao profeta duas coisas essenciais:
estabilidade e segurança. Deus é a sua fortaleza. Ele é o seu alto refúgio. Ele é a sua torre de livramento. Nenhuma pessoa ou circunstância pode nos afastar do amor de Deus que está em Cristo Jesus.
 — celeridade e firmeza. O Senhor não apenas aprumou seus joelhos trôpegos, mas lhe deu a celeridade da corça. A corça podia percorrer, com pés ligeiros, a escura floresta. Deus nos criou para as alturas. Se Ele nos permite passar pelos vales, é para que possamos esperar nEle e subir com asas como águias (Is 40.3l).

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